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Espreitadelas no buraco da fechadura

terça-feira, 27 de maio de 2014

Frio ou Quente?

«Será frio ou quente?»
Quanto mais penso no assunto mais vontade tenho de saber; mais ainda são as idéias que me assaltam a mente a meio do dia, antes de deitar...

De cabelo, dois dedos abaixo dos ombros, castanho e liso; os olhos são levemente amendoados e desenha-se uma linha rosácea, fina e delicada logo abaixo de um nariz atrevidamente arrebitado. A pele clara, macia; os seios, dois belos figos, bamboleiam-se enquanto a menina dança no bar com a sua coca-cola num ar divertido e em jeito de atrevimento. 

De espírito livre, conversa fiada e riso fácil são muitos os pontos cardeais que baralham a bússola. Mas qual bússola?!

Distraio-me entre o mel daqueles figos e o metal que atravessa a língua mostrando o ar da sua graça quando a menina ri ou quando brinca descaradamente com ele. Não sei o que mais me enlouquece, se um linguado bem dado ou um minete bem feito. 

E dou comigo a leste em pensamentos e fantasias: deve ser qualquer coisa de excepcional! aquele frio do metal na temperatura quente que vai aumentado... Fascina-me de tal modo que dou comigo em pele de galinha... 
imagem retirada daqui

Ele ri-se; sabe o que significa o meu olhar, a secura na minha boca, a abertura dos meus lábios, a linguagem do meu corpo.

Quero ver no meu corpo um rasto de saliva daquela língua que tem um piercing metálico e sentir a humidade quente que sai levemente daqueles lábios, e lançar-me naquele corpo arrojado que se entrega nas notas musicais do Dj.

Está calor no bar e o meu corpo está suado, as minhas mamas e as minhas coxas assim molhadas ainda me atiçam mais o desejo, a tesão e eu não posso fazer o que me apetece...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

B52 - -O fim

Estivemos juntos uma segunda e uma terceira vez. E nem por isso foi pior. Ou melhor.
Hoje, o que mais recordo, ainda é aquele olhar azul e frio dela, e o pescoço fino e branquela, e os lábios de tom cerejas-maduras e grossos, e o cabelo escurtanhado por ela, e… o baque que eu levei.

O fim do verão trouxe consigo outro fim entre o anoitecer com o sol a cair no horizonte e um céu estrelado de uma noite fria como as noites são por aqui, deixámos de nos ver. 

Já chegámos.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

B52 - Contradições

Foi bom.  Não posso negá-lo; não poderei nunca negar que ainda hoje me faz parar no tempo quando a lembrança do olhar frio dela me assalta; não poderei nunca negar que ainda hoje fico com pele de galinha quando me lembro daquele pescoço fino, aqueles lábios grossos pintados num tom forte. Não posso…

Depois… não gostei de os ver juntos. Não gostei de ver as mãos dela a bater-lhe uma nem as dele nas mamas dela embora não lhe enchessem as mãos nem a vê-los brincar com a língua um do outro nem sequer da hipótese que ela lhe tivesse sequer a dar algum tipo de prazer nesse campo. Essa remota ideia ou lógica possibilidade secou-me de uma forma tal qual aquela fruta delicada em cima do chantillyn de um bolo cremoso com mais ar de cereja do que o seu sabor virado a ginja selvagem.

A manhã rompia pelas persianas de palha e eu interrompi a nossa aventura no sofá branco. Não houve stresses, curiosamente, dele nunca os esperei, talvez dela. 

Ela afastou-se um perímetro aceitável e ele quis acalmar-me e dedicou-me toda a sua atenção, todo o seu corpo, todo o seu desejo. Gelei. Não me lembro de alguma vez ter sentido tanto frio. Perdi toda a lubrificação que tinha e desde que estava com ele nunca tal coisa sucedera; as coisas com ele fluem, nunca me senti obrigada a nada nem mecanizada. Gosto sempre quando me diz que todas as vezes que nos damos um ao outro, todas essas vezes, são todas elas diferentes.

Deixámo-la dormir connosco, na nossa cama, tomaria o pequeno-almoço connosco, tomaria um banho e levá-la-íamos a casa.
Não preguei olho. Eram umas seis da manhã. Ficámos cada uma a uma ponta da cama com ele no meio. Passei pelas brasas e esperei até clarear o dia para me levantar. Abraçou-me como me abraça sempre e dormiu assim.

Mas naquele momento eu só queria estar sozinha e em qualquer lado menos ali.


Fizemos amor na sala. Não a quis acordar embora eu achasse que estava acordada e fui tomar um banho, preparei-nos o pequeno-almoço e saímos os três para beber um café e deixá-la em casa.