Segredos

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Espreitadelas no buraco da fechadura

quinta-feira, 31 de março de 2011

noites de primavera

a noite é de primavera. escura. sem estrelas nem lua. o ar fresco que se sente na pele arrepia os poucos pêlos que ainda habitam no meu corpo. ouvem-se os carros na estrada principal metros acima. os grilos encantam no seu cri-cri de cortesia. há no ar um aroma ás azedas, aquelas florinhas campestres amarelas, embora não saiba da existência de nenhuma. alguém fecha os estores de um dos apartamentos vizinhos com brusquidão e desperta-me da languidez que se infiltra no corpo. nestas noites adoro beijar. a frescura da noite no contraste de uma boca quente é dos meus melhores prazeres. não há palavras entre nós. apenas olhares trocados em silêncios profundos e intensos. eu gostava de te dizer algo mas não sei o quê. e tu também não dizes nada. e ficamos assim... em silêncio. há ainda uma terceira pessoa neste cenário mas não se manifesta, é um espectador tímido mas atento. olho à volta... o frio intensifica-se... o crilar verdejante também... há anos que não vejo pirilampos... tu sorris. e ele também. eu coro. quando não sei o que dizer não digo nada de jeito. sinto um novo arrepio e tu abraças-me. sinto o teu corpo tão junto do meu que os meus tremores já não são por culpa da temperatura, pelo menos da da estação. nunca nos tocamos muito. ficamos sempre muito atentas ao olhar de cada uma mas falamos de coisas muito banais, de poucos pensamentos. eu não sei o que te dizer. gosto de rir. e o ambiente flui bem assim. outro arrepio me percorreu a espinha de tal ordem que correste a abraçar-me. e eu senti a tua respiração tão perto da minha que a minha visão se torvou, a tua boca tocou na minha. e estremeci. uma boca pequenina mas quente. cheia de graça. tomei o sabor do beijo e o aperto dos nossos corpos ao encontro um do outro. corei... pelo calor que sentia na cara só podia ter as
faces enrubescidas. despedi-me. atarantada. desnorteada. queria ficar. queria sair dali e procurar o conforto da minha casa. a chave rodou na fechadura, a porta gingou na pedra mármore e fechei a porta atrás de mim. deitei-me.

talvez sonhe. talvez não.

quarta-feira, 30 de março de 2011

zevro

não sou amante de padrões. não aprecio estampados. não gosto de "tigréces" ou leoas com pintas. nem aprecio todo o tipo de linhas ou em qualquer lado pois se forem rectas são finamente deliciosas num falo bem teso e curvas na silhueta de uma menina bem adornada. 
mas as zebras... as zebras têm um padrão que me fascina demais. as listas no dorso, o trote alternado a dois tons, o balançar da crina em riscas alternadas. branco-preto-branco-preto... uma delícia.
não vestirei, portanto, peça alguma com este padrão - calças,  saias,  vestidos,  blusas,  tops... - as peças de vestuário estampadas aparte de meras ilustrações em t-shirts contam-se pelos dedos quantas tenho: duas! um vestido de verão, tecido de cetim e um sobretudo de inverno, de fazenda traçado mas estas collants, descobertas ao acaso na internet, até que me desafiam a comprá-las no primeiro sítio que as encontrar...
... e depois imaginá-las a desenhar as barrigas da perna, as coxas, a cintura, num toque sedoso e delicado como o primeiro beijo inocente dos amantes inexperientes - o algodão das collants nos meus lábios grandes envergonhados, o meu clitóris atrevido, o meu monte de vénus saliente... ah! que belos coices do entusiasmo de uma bela canzana ou.. será zebrana?!

a propósito:
serão brancas, as zebras, com riscas pretas ou serão pretas com riscas brancas?!

segunda-feira, 28 de março de 2011

TRIBUTUM

DEUSA MÃE TERRA
mulheres... homens... origens e culturas... ciências e religiões... dogmatismos e cepticismos... mentalidades. se noutras eras a mulher quem protagonizava as ideologias ancestrais -  a MÃE TERRA. tempos milenares d.C. tudo mudou drasticamente... demasiadas voltas que  o mundo deu em torno de si mesmo. dias banais nas ditas civilizações desenvolvidas (como a nossa e a maioria, será?). hoje a reportagem da semana da TVI denunciou em voz alta a mutilação genital feminina na religião muçulmana usando esta como desculpa de uma tradição animal, besta e imoral! sim, é um facto, que devemos colocar-nos na sociedade em questão e avaliar as circunstâncias com a realidade deles o que, não deixa de ser tão ou mais importante uma questão de humanidade: muitas das meninas morrem esvaídas em sangue. um mal que nem sei como avaliar... pois as que sobreviverem a maioria nem prazer alcançam, sofrendo dores e incómodo toda a vida sexual para além de nunca conhecer qualquer tipo de prazer. lamento-lhes a tragédia, deslumbra-me a força e a luz que há dentro delas. em casos extremos não é apenas o clitóris que lhes é removido mas sim também os lábios grandes, cortados com uma faca imunda, a sangue frio e ainda cosidas assim, a influbação. após o casamento a noite de núpcias é inesquecível pelo naife da faca a romper a cicatriz e a penetração forçada...
EXEMPLO DE MUTILAÇÃO
estas palavras que aqui ficam não farão muita diferença mas fica o sentimento de compaixão e uma singela homenagem.

segunda-feira, 14 de março de 2011

DIA MUNDIAL DO OVO

a propósito de dias comemorativos nacionais, europeus, internacionais, mundiais... espicaçaram a nossa curiosidade a do dia mundial do ovo. a idéia, segundo consta, partiu da INTERNATIONAL EGG COMISSION  argumentando a perfeição do mesmo  em qualquer refeição além das proteínas, nutrientes, vitaminas,  minerais e 11% de gordura  vegetal   que     são    consistentes.
deve comer-se um ovo por dia, só faz é bem! como não encontrámos uma data oficial é certo que seja qualquer dia que a gente queira!

quarta-feira, 2 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

preparos

a água corre do chuveiro, já se nota o vapor quente no ar... a menina alça uma perna depois outra, tira o elástico do cabelo e agita o cabelo, fecha as portas.  a  água está bem  quente assim como ela gosta. aperta a esponja docemente deixando a espuma contornar as curvas do seu corpo tanto tempo quanto queira demorar-se. e sorri. esfrega o pescoço de um lado ao outro... desce pele abaixo, contornando a curva generosa das suas mamas e perde-se no ventre, na cintura, entre as pernas. a água que corre escorre toda a espuma e a torneira é desligada. abriu a esponja, acrescentou mais um pouco de gel duche, cheiro de amoras e bagos de romã e espalha nas pernas. tem encontro marcado para as nove. não se pode atrasar. não pode ir de qualquer maneira. pega na gilete e desliza-a em movimento ascendente como a maioria das melhores coisas da vida. uma passagem após outra e o aroma do gel confunde-se na suavidade das suas pernas. passa a mão tão devagar que a sua mente não resistiu em transportá-la para outro momento - aquele em que a sua mão se transforma na dele e ela a sobe enquanto o seu clitóris espreita debaixo do monte de vénus, com o capuz vermelho bem posto, ele adivinha onde tocar e ela pressiona, desenha um semi-círculo, ela deixa soltar um gemido intencional e entusiasta, ele avança território. os outros dedos fazem uma festa delicada aos lábios grossos, o cuzinho também é acariciado. ela não deixa nada ao acaso, ele sabe do que ela gosta. há um arrepio que lhe percorre a espinha, um calor que se instala e tende a subir, é uma fusão deliciosa de temperaturas, ela sente-se esvair... fecha os olhos, morde os lábios e sorri. a pressão aumenta na sua roseta a florescer, coram-se as maçãs do rosto e a respiração interrompe-se. ele aperta com ela e ela vem-se!

levanta-se aos poucos, agarrada à beira da banheira, roda a torneira e deixa-se ficar naquela dormência, sente-se descomprimida, bem fodida como gosta, desejosa de um bónus mas para já há que acabar o duche. à saída enrola-se na toalha, espalha o óleo e veste o vestido de algodão sobre a pele. está pronta. e radiante.