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Espreitadelas no buraco da fechadura

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

B-52 - continuação

Molhei os lábios porque o meu coração disparou.

O cabelo escuro e curto, mostrava-lhe o pescoço fino e branquela, assumia-se gótica e cortava-o ela mesma em casa, contou-nos. E aquele corte desalinhado até certo ponto dava-lhe um q.b de exotismo.
Não era maior que eu embora fosse um pouco mais magra.
O peito dela deixou-me a desejar mais qualquer coisa... A menina insinuava uns seios simpáticos de tamanho 36 com copa B mas na verdade tinha duas maminhas singelas embora pouco amadas – talvez fosse mais um tamanho 32 copa B.


Bebi quase de uma golada só a ginja e antes que pudesse recuperar o fôlego ela beijou-me de imediato.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

B52 - E a Ginja

Nesse sábado valeu-me ser um serviço de buffet; permitia debater-me com aquela novidade debaixo do meu profissionalismo entre talheres e guardanapos.
Nunca avaliei a experiência de um mènage ainda menos com a pessoa que amo. 

"Bebemos um shot hoje? B52. Dias não são dias e hoje é um dia diferente".

Naquela noite nem as estrelas estavam nos sítios do costume. 04h30 da manha estávamos a  encerrar o bar. O DJ já desligava os cabos quando o convite surgiu para ir lá a casa saborear a bela da ginja. Não julguei  a seriedade do convite quanto mais que fosse aceite.
A lua, quarto minguante, tinha o céu por sua conta e beijava-lhe os pés um qualquer planeta que entre Mercúrio e Vénus gosto de optar pela bela deusa greco-romana.

***

Disfarcei ao máximo o pânico que me assaltava o peito apesar do linguado que trocámos no bar que ele teve de interromper; fui apanhada a laço ou assim me sentia. A miúda não tinha mais de dezanove anos e estava sentada no meu sofá de napa, branco, com o cálice de ginja na mão. Não me lembro do que tinha vestido mas era preto.
Olhei para ambos, sorri e peguei no único copo em cima da mesinha de centro. Adoro aquela mesa! Tem um misto de tom wengue que a separa... ou... a une à cor cerejeira - daí em diante o tom sangue da ginja dos beijos no cristal dos copos denunciaria muito mais que gula. Sentei-me na ponta  do sofá oposta à deles. Ele levantou-se. Foi fumar.

O fumo saía-lhe dos lábios tão vagarosamente que só o linguado dela me resgatou para a realidade. Não dava para lhe resistir e os olhos… ah!... aqueles olhos dela…

terça-feira, 19 de novembro de 2013

B52 - O Começo


Tudo começou numa saída à noite, apenas os dois, a um bar de ambiente um pouco… inóspito, digamos. Começámos a noite com um brinde a nós – como é corriqueiro nas nossas saídas a dois – com um shot, B52. É uma mistura deliciosa de baileys com tijuana e o absinto é o causador da chama que as envolve, que nos envolve. Deixa um sabor suave na boca, os lábios mais gulosos, a alma quente e o corpo solto.
Ouve-se de tudo um pouco e ao fim de uns copos qualquer ruído é óptimo para conquistar a pista e deixar que as vibrações nos (des)controlem; penso que deve ser a sensação mais parecida à de um Universo Paralelo.
Entre o som aleatório das músicas e a alternância das luzes Aqueles olhos azuis enormes sombreados a negros e destacados do eyeliner; O pescoço branco descoberto pelo corte do cabelo mais curto atrás que à frente; A boca de lábios grossos delineados a marrom e pintados num baton cor uva ou sei lá assolou-me. “Vamos!".

 Procurei o meu Don Juan com o olhar. Estava encostado à parede, sorriu-me. Não sei se se deliciava com aquela situação inesperada se tentava acalmar-me. Esquivei-me assim que pude para a minha área de conforto – aquele metro quadrado junto daquele corpo que eu conheço tão bem…

***

“Ontem à noite perguntaram por ti.”

Esbocei um sorriso quase inevitável e como se estivesse longe de saber quem teria sido... perguntei num tom ingenuamente falso:

 “Quem?!”

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

B52 - Introdução

Desta não podíamos escapar. Ele fazia anos, há muito tempo que já não estávamos com eles e nós gostamos de estar com eles. Apesar das investidas dele em prole dela a verdade é que não acontece mas é giro. O atrevimento, o arrepio, a sedução. Eu sempre gostei de um bom jogo de sedução. Quase sempre é sinónimo de tesão.
Saímos de casa por volta das dezanove horas a caminho da capital que nem turistas. Eu gosto de ir olhando o céu, as estrelas… perder-me em anos-luz de pensamentos o pensamento que vou distraindo com a paisagem circundante.
"Tudo bem?" Tudo bem sim, por enquanto. É tanta coisa ao mesmo tempo… a caminho lembrei-me da Sara, da aventura do verão passado e abri o jogo abafando o som do motor do seat.

Não quis escrever naquela altura e hoje é uma desvantagem. Não sei se conseguirei transmitir o turbilhão de emoções naquelas duas semanas.