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Espreitadelas no buraco da fechadura

sábado, 8 de maio de 2010

gueixas

Gueixas... têm algo de fascinante nos seus trajes, na expressão que portam no rosto, na áurea se assim lhe quisermos chamar.
Não são prostitutas.
São mulheres sábias da arte da sedução, da dança, do canto, no encanto da maquilhagem e dos trajes tradicionais japoneses. É uma tradição e a tradução é simples: são artistas.
Fiz uma pesquisa e por aí diz-se que as gueixas são mulheres de grandes vincos tradicionais e contrariamente ao que se julga não são, de todo, mulheres da vida. A confusão vem da ignorância de cada um de nós. Diferem-se umas das outras pela indumentária além da má acção de algumas aquando da ocupação do Japão pelos EUA entregando-se a soldados americanos em troca de dinheiro passando a serem conhecidas por garotas geesha devido à má pronúncia do termo original, sem referir ainda regiões e termos locais.
Porém, enquanto as prostitutas se vestem de forma a serem desarmadas à frente, as gueixas cuja vestimenta se denomina por Obi, é traçada atrás e composta por várias camadas de quimono e roupa interior nunca levando menos de uma hora a vestir e, obviamente, com a ajuda de um profissional - o vestidor.
Todavia, nem tudo são rosas, e a chegada ao topo é, no mínimo, trabalhosa e atribulada. Começa logo na infância muitas vezes são filhas ou crianças vulgares vendidas ficando destinadas a tarefas domésticas tal como as criadas afim de as preparar para a vida que as espera e, em especial, naquela casa. Uma dessas tarefas e, normalmente a mais difícil de realizar, está na espera até altas horas pela última geisha que ainda não tornou dos seus serviços frequentemente prolongados madrugada fora.
Com o avançar do tempo as dificuldades vão diminuindo, alteram-se os trajes tornados mais elaborados e passam a ser uma espécie de dama de companhia da irmã mais velha, termo utilizado a partir de uma das muitas celebrações ao longo do percurso que correm. Desde aí as suas funções passam pela sabedoria de entretenimento pela dança, o serviço de chá, as técnicas de sedução além de manter um bom diálogo com intuito a promover a irmã para futuros contactos.
É de salientar também que o pagamento não se deve ao sexo porque tal não chega a acontecer mas sim à sedução e bem-estar que proporciona aos seus clientes. No fundo o que fazem é maravilhar os homens com essa possibilidade, o de que pode eventualmente acontecer alguma coisa no futuro. Em suma o trabalho delas é a pura sedução.
Os seus encontros raramente poderão ser casuais; a norma exige que sejam cuidadosamente escolhidos. E serão ou presume-se que sejam mulheres solteiras sabendo de antemão que toda aquela que pretenda casar-se deve desistir da profissão, compreende-se porquê.


Na minha opinião há algo nelas que seduz e causa inveja... talvez a sua sabedoria, os seus conhecimentos, a cultura Oriental, é de conhecimento geral, uma lufada de misticismos, segredos e técnicas.
As geishas são o estereótipo de mulher enquanto mulher que sabe o que quer, que sabe o que faz e que não o faz por menos. E enquanto mulher a minha ambição resume-se a isto mesmo: sabedoria e experiência. A sabedoria nas mãos, no toque, na voz. A experiência na mente, no corpo.
O sexo não é tudo e nem homens nem mulheres se resumem a isso; falta sempre algo, mesmo quando eles ou elas não querem acreditar. Nada há de completo sem alma, sem mistério, sem misticismo. A essência humana resume-se a duas partes: a de dentro e a de fora; uma sem a outra são disfuncionais - por algum motivo quando os homens amam, amam mesmo e não ligam ao que usualmente chamamos "lamechices"; e as mulheres vivem numa procura constante, eterna, diria, de amor, de carinho, de compreensão em comum acordo com o prazer da carne, o sexo mais furtivo, a violência e efemeridade da paixão.
Depois só depende da vontade, não basta haver um ídolo, uma fé, um exemplo, uma intenção, um querer, uma fantasia sem que... se faça por acontecer!

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