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Espreitadelas no buraco da fechadura

terça-feira, 23 de março de 2010

mulheres parte I

Há mulheres que acreditam que pela educação que tiveram: restrita, reservada, extramente moral, e posso continuar, não têm o direito de ter prazer na cama antes e durante o casamento - para elas o casamento é para a vida inteira, portanto logicamente já nem vou aqui pôr em causa o momento pós-casamento também conhecido por divórcio. Quer seja ou quer não seja, isso pouca importância tem, o que deve durar uma vida inteira é a relação entre duas pessoas que se atraem, se desejam, se amam, e se respeitam, o resto não interessa para nada ou pelo menos não devia.

Ora isso dá muito que entender... pois se por um lado temos mulheres que se querem desinibir mas têm todo um conjunto de complexos morais além dos físicos que não senhora que não os tenham, desiludam-se, por outro há aquelas que não se vergam por nada! E tudo tem um lado bom e um lado mau, pois também não convém confundir educações de bases católicas e machistas com preconceitos extremos coisa que muita vez acontece sem ser por mal, outras se transforma num tipo específico de feitio.
Depois, claro está, há aquelas que aos poucos se vão desinibindo começam por se depilar, por se vestirem um pouco melhor, maquilham-se, aprendem a falar, algumas são verdadeiras damas, senhoras do seu nariz, outras perdem a postura, a honra e o bom nome e são mais uma Maria-vai-com-as-outras!
Mais tarde, noutro tipo de situações, também existem maridos, excelentes esposos, que só conhecem uma posição e não há cá nada de modernices, assim lhe chamam:  "... a mulher tem de estar como veio ao mundo!!" bem, ninguém veio ao mundo peludo nem cabeludo! Confirma-se em qualquer lado.

quinta-feira, 18 de março de 2010

numa noite destas (parte I)

Um dia ele perguntou-me: "Que pensas para nós no futuro?", eu sorri, fiquei sem saber o que dizer. Ele olhou-me e eu corei. Gaguejei, fiquei sem jeito, ele sorriu. Baixei a cabeça "Quero ficar contigo para o resto da minha vida.", disse-lhe baixinho, quase sem voz.
Ele não disse nada.
Aqueles minutos em silêncio pareceram uma eternidade, pensei mil coisas ao mesmo tempo, tão depressa me assolavam as mil idéias quanto mais forte batia o meu coração. Não respirei. Ele beijou-me docemente, sorriu para mim, "Amo-te! Ainda bem."; perguntei-lhe se o tinha assustado, disse-lhe antes de me responder que não queria precipitar nada, pedi mil desculpas, fiquei patética! Pensei cá para comigo que estas coisas de se ser uma mulher dominadora dá muito trabalho mas esta coisa de se ser muito delicada, muito frágil irrita-me! Não gosto destes momentos em que não tenho total, ou quase, controlo da situação. Irra!


Mas a verdade é que meses depois, poucos meses depois, senti-me uma mulher preparada para ter uma vida a dois... talvez seja a ilusão da paixão, do amor, talvez esteja inebriada por este sentimento que arrasta para todo o lado mas... que fazer? É mais forte que eu!

terça-feira, 16 de março de 2010

O primeiro Beijo

Há coisas que nunca se esquecem: o primeiro beijo, a primeira troca de olhares, o primeiro toque, a primeira vez.


O meu primeiro beijo foi como muitos beijos às escondidas, depressa, pressionando os olhos como fazem nos filmes, e este por acaso, também foi numa tarde de verão, atrás do barracão da tasquinha dos mais velhos onde se jogava ao chinquilho e havia no ar um cheiro insuportável a peixe frito e outras iguarias do género. Lembro-me do barracão muito velho, feito de tábuas tratadas, tecto forrado a caniças da praia, mesas cheias de garrafas de cerveja e copos manchados de vinho tinto, e no balcão pacotes de batatas fritas Ruffles e refrigerantes de lata frescos, nunca percebi muito bem de onde vinham os cabos de electricidade.
A praia não era a mais bonita, cheia de alcatrão, o meu biquini azul ficava todo preto, lembro-me que era um castigo limpá-lo depois. Eu até nem gostava daquela praia! Era isolada, a estrada de alcatrão passava mais acima sem visibilidade cá debaixo nem lá de cima cá para baixo, e muito pequena e as pessoas não tinham como se distrair, de modo que olhavam tempo a mais para o que faziam as outras.
Foi um beijo horrível, mesmo para um contacto rápido, sem grande tempo para tomar consciência da textura dos lábios daquele menino moreno do sol e de olhos verdes. Fiquei com um gosto esquisito nos meus lábios e corada, corada como se tivesse apanhado um escaldão só ali, nas bochechas.
Nunca mais fui capaz de olhar o menino nos olhos como deve de ser, dias depois achei aquilo tudo errado e sem sentido e com a certeza de que se fosse descoberta passava o resto da vida de castigo, mas também ninguém descobriu!
O menino hoje já é um homem feito, menos bonito que naquela época da infância, quando nos vemos cumprimentamo-nos; não sei se ele se lembra ainda alguma coisa daquela tarde mas eu, sempre que o vejo, as imagens assaltam-me a idéia.

sábado, 6 de março de 2010

Carta Aberta a Blogueiros, Bloguistas e curiosos

Aqui está um espaço para os outros lados dos seres humanos, homens ou mulheres, que interessa!?
É um cantinho que visa a liberdade de expressão e corporal, o despreconceito das coisas e muitos vivas, muitos mesmos ao à-vontade.
Pas de Peux au Trois... é um título bastante sonoro, os nossos amigos franceses são de poucas cerimónias no que toca a sotaques e também muito dados ao prazer, à Luxúria, à Arte.
Há Arte em cada coisa que se mexe, graciosidade é por vezes a palavra-chave para o sucesso.
No ballet a graciosidade das pontas dos pés, pliés, jetés... pas de deux au trois é a simples dança que nada tem de simples de duas pessoas ou três... é uma combinação de passos maravilhosa. Tudo na vida tem o seu Q. de excitação e maravilha - tudo roda em torno de corpos masculino/feminino; a cega-rega dos sexos opostos e atracção inevitável que os envolve como uma teia de aranha bem tecida pacientemente.

É um espaço onde quero partilhar com toda a gente - a virgem e a rameira; o ingénuo e o depravado; o homem sério de negócios e o poeta louco; a mulher-a-dias e a amante - as fantasias, os conhecimentos que vou aquirindo, o porquê das coisas e donde vêm. Partilhar algo tão genuíno e tão banal que vos faça parar, pensar, desfrutar.
Quero falar dessas coisas que aborrecem toda a gente em certa altura das nossas vidas: o amor, e quero falar de outras coisas que interessam a muita gente: o sexo.
Quero falar de tudo e quero que falem de tudo comigo. Porquê? Por que não?
Sou uma professora determinada e uma aluna muito, muito aplicada.

Confesso, que já estou em pecado, quando me entrego à ambição de ser uma daquelas bloguistas que tem muitos seguidores - espero que seja o caso - senão for também não haverá alguém para me parar e escreverei até não ter mais nada para dizer. O problema é que eu falo pelos cotovelos, sou feita de uma curiosidade e descaramento intermínaveis o que torna, este blogue, um verdadeiro desafio para todos nós.

Aqui quero cometer os meus pecados e entrar em confissão.
Aqui convosco quero ser o que não sou na rua.
Quero mostrar um outro lado que ninguém tende a mostrar, o lado que o nosso querido RUI VELOSO nos canta em LADO LUNAR:

Desfrutem, metam-se comigo, vivam!

7pecadilhos.blogspot.com