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Espreitadelas no buraco da fechadura

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dildo ou vibrador?!

Qual é a diferença entre um dildo e um vibrador?
Ora fomos pesquisar e os experts na matéria referem que a principal diferença está no que é mais óbvio, os dildos ou consoladores - termo que na minha opinião é mais intimidante que o actual - não vibram e são compostos de látex, cyberskin (material muito semelhante à pele humana) ou borracha. Há em diferentes tamanhos e formatos basta que mimemos a nossa imaginação, há de tudo um pouco tal como os vibradores, que por seu lado, também em diferentes tamanhos vibram em diferentes graus de intensidade e há para todos os gostos e para diferentes locais consoante o gosto de cada um de nós, basta que se alimentem a pilhas ou através de energia eléctrica.
Depois há sempre o pormenor dos ruídos. Se temos vizinhos sensíveis dos ouvidos mais vale comprar um dildo; os vibradores fazem sempre algum barulho e quanto maior a intensidade, maior será também o seu ruído e assim só nos teremos que preocupar com os nossos próprios gemidos.
Não pensem que é algo recente: segundo as pesquisas que andam pela internet a existência dos Dildos remonta a 4000 a.C.!! A palavra tem duas hipóteses para a sua origem: latina do termo "dilatare" como dá a entender, dilatar, ou italiana "dilettare" que significa gozar, entreter. E, muito sinceramente, à 4000a.C era tudo muito mais simples e agradável. Porquê? Nunca houve tantos complexos como os que nos deparamos em pleno século XXI...
O primeiro foi descoberto no Paquistão e supõe-se terem sido usados para rituais sexuais religiosos! Imaginem isto nos dias de hoje!
Por isso as civilizações são como as marés quando atingem o seu auge, descambam. E tudo começa uma vez e outra e outra...
Bem, mas recuando no tempo e parando na minha querida Grécia que desde os meus tempos de jovem estudante, mais ou menos aplicada, considero a civilização de todo o berço civilizacional, encontra-se o primeiro registo deste objecto destinado ao prazer-, na altura com o nome de olisbo e eram vendidos pelos mercadores nos materiais de barro ou vidro a mulheres solteiras, depois usados com leite de cabra ou  água tépida e ferrados a couro; e com tanta liberação religiosa, era frequentemente utilizado entre os casais lésbicos.
Com a idade média muita coisa mudou mas para compensar os renascentistas, amantes do prazer, da arte e da boa vida, fez com que estes objectos alcançassem o seu auge, subsituíndo-lhes o barro e o vidro por madeira, mantendo o couro, usando azeite para lubrificar, de modo a evitar possíveis desconfortos, como será de imaginar.
Séculos depois fomos ficando para trás com uma educação cheia de tabus e preconceitos enquanto a China defendia a sua utilização chegando ao ponto de ser mais que banal tanto para o homem como para a mulher a posse de pelo menos um em casa. Por cá, no Ocidente, a sua utilização destinava-se a mulheres com histeria, cujo tratamento estaria a ter resultados pretendidos assim que o corpo senti-se calor excessivo e vibrações em conjunto com respirações ofegantes. Familiar? Hoje em dia chamamos orgasmo. Entenda-se que histeria, segundo Aristóteles, significa insatisfação.
Só com o século XX à porta encarámos a sexualidade através do aparecimento de filmes pornográficos e do pequenino comprimido da nossa mesinha de cabeceira.
Na actualidade contra preconceitos e tabus o mercado vai aumentando proprocionando todo o tipo de objectos com as mais variadas formas para todos os gostos e dentro das leis de cada país. A realidade alterou-se bastante entre Oriente e Ocidente; nos dias que correm os dildos assumem muito formas cada vez menos púdicas excepto no Japão, por exemplo, que usam a imagem da Hello Kitty - e eu pergunto-me, como se sentirá uma mamã perante uma daquelas birras descomunais da filha,  no meio da rua, frente à montra por causa de um brinquedo que supostamente seria para a criança... enfim! eles querem apenas evitar obscenidades...

No meu caso, que sou mulher, tive uma educação muito à antiga portuguesa: um pai machista e austero, uma mãe feita de tabus e preconceitos e faces coradas de tanta vergonha. Não os condeno. Eram outros tempos, as coisas passavam-se de outra maneira; o que sabem aprenderam por eles próprios. No entanto, tiveram uma filha cheia de coragem para pedir ao namorado experiências novas desde a masturbação até... quem sabe?! algo a três? Masturbação nunca fez parte do meu vocabulário... nunca soube como tocar, onde tocar e não é algo de que me tenha que envergonhar porque somos produtos do nosso meio envolvente e educação. Felizmente tenho capacidade para me expor de modo a evitar crises de histeria. Esta pesquisa fiz para quem visite o blogue e fiz também para mim; somos melhores pessoas com Cultura e isso só nos pertence a partir do momento que aceitamos a nossa ignorância e decidimos acabar com ela.
A minha dúvida não era bem a diferença mas qual a usar para as primeiras vezes. Eu decidi-me pelo dildo. Nada como algo sem actividades extras para perceber o que me dará prazer, onde e como... depois, um dia, é claro, irei comprar um vibrador, por que não? Por ora, se não for antes, a compra há-de ser na visita à Feira Erótica em Lisboa este ano.


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litugrafia De Figuris Veneris de Édouard-Henri Avril, 1906

1 comentário:

JCA disse...

e pedir um vibrador emprestado a alguma amiga de confiança e no fim ver a diferença? 3:-)