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Espreitadelas no buraco da fechadura

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

noites frescas

a curiosidade matou o gato, diria, mas a verdade é que foi a língua que ficou presa onde não devia... naquele muco de cio gritante, no eco ronronante de gata assanhada na outra ponta da rua de calçada fria, escura, iluminada pelos raios de lua cheia que escapa das esquinas.
vesti as calças de ganga justas, a camisa de seda sobre a pele desenhando a renda do soutien fios abaixo. por um fio estava a minha sede de ti naquela noite fresca de fevereiro que antecede à lua cheia. os entendidos dizem que as mulheres ficam mais activas com a chegada da lua cheia eu, confesso, sou uma sombra perfeita de desejo insaciável! gosto da luz que incide nos corpos e os vidros embaciados do calor ofegante do carro abafando os gemidos fininhos que vêm do mais fundo do ventre...
olhei-te ao longe, admirei a tua figura, o porte de homem feito, as curvas maliciosamente desenhadas, o ar fresco adivinhava o perfume escolhido. lancei-te um olhar de desafio, um interesse-desinteressado. passei por ti. encarei os teus olhos. como a fera que enamora a sua presa, lhe estimula o fasquio, provoca um arrepio em todo o comprimento da espinha. mudaste de posição. virei na esquina seguinte. senti-te seguir-me e soltei uma gargalhada ecoada nas ruelas abandonadas de gente altas horas da noite. a presa ousou atiçar a fera. agarraste-me, o meu corpo rodou meia-volta e chocou contra o teu. beijaste-me com tesão, senti-te endurecer. cedi a impaciência da minha respiração junto ao teu ouvido quando me puxaste o cabelo e me abocanhaste o pescoço. gemi. e fugi. sabia que virias atrás de mim.
entrámos no carro. a noite estava fria, sabia bem um ar um pouco mais acolhedor, morno. sou uma gata mimosa. percorremos uns quilómetros. parei o carro em qualquer sítio. estavas sôfrego do meu corpo!
dispus as minhas pernas em torno da tua cintura como uma felina que caça bem a sua presa. não te dei escapatória. sorriste. sabes que gosto de tomar posse daquilo que é meu. a gata mimosa também tem garras, belas, lindas, compridas, e afiadas. destemidas. roçá-las na tua pele morena; pressionar ligeiramente e ouvir-te um gemido que se avizinha. toca-lhe! ordeno-te. ma não deixo. desabotou-te as calças, deslizo o fecho eclair e saco o teu pau tão bem feito que ele é. agarro com a mão e bato com ele ao de leve na cuequinha fio dental que joga ao toque e foge com os meus lábios, o meu clitóris, o meu monte de vénus... deslizo pelas tuas pernas encaixando-me entre as mesmas e o pouco espaço existente entre o porta-luvas e os teus joelhos. eu... eu estou de joelhos com as minhas mamas contra os teus joelhos. resolvo abocanhar-te o falo tão excitado, tão grosso, tão sedento, molhado. que tesão foi esse?! vieste-te aos primeiros toques dos meus lábios, da minha boca quente, da minha saliva a deslizar por ti abaixo, boiando nas bolas...

mas não acabou. agora é a minha vez de ronronar até miar!


2 comentários:

A. disse...

Vontade de...

amèlie e juan disse...

bem vinda A.

espero que essa vontade tenha sido satisfeita ;)