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Espreitadelas no buraco da fechadura

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

contas para pagar

contas, contas, só contas para pagar... se ao menos fossem contas do fundo do mar a encantarem-me a beleza... suspirei! e o bafo levantou as pontas finas da franja.
"a franja fica-te bem." desviaste algumas mechas de cabelo no meu pescoço e colaste um sêlo. senti aquele ar quente da tua boca e senti-me húmida, de repente. os poucos pêlos do braço eriçaram-se e sorri, corada, fazendo de conta que nada daquilo era comigo. o encosto da cadeira pinho mel punha-se entre nós e isso dava-me alguma vantagem de ignorar o teu assédio, de te provocar, de te atiçar. um beijo no pescoço, outro mais abaixo, de volta, subiste até ao queixo, contornaste-me a curva e paraste na meia-circunferência abaixo do meu lábio inferior já meio aberto. pegaste-me no pulso direito. aprecias a delicadeza do meu pulso... branco, fino, delicado, coberto numa suavidade daquele creme que não dispenso. puxaste-me de rompante que me fez contornar a cadeira de madeira. e sem demoras o meu corpo deu um encontrão no teu, e os bicos das minhas mamas saltaram da blusa. essa tua mão esquerda, tão atrevida, deslizou-me nas costas, apalpou-me e de uma vez só os papéis voaram da mesa. subiste-me uma ponta da saia e içaste-me no ar, sentaste-me na mesa com a sede de um predador e a mesa deu de si. as minhas pernas também cederiam se mais cinco minutos me apertasses contra ti a sentir-te cada vez mais grosso, mais palpitante... beijaste-me a boca e nela fiquei com o desejo que ferve no teu corpo. agarrei-te. puxei-te para mim. e quis enfiar a minha mão pequena, delicada, de mulher, nos teus boxers. não autorizaste. ajoelhaste-te no chão da cozinha, que ainda não tem tapete, roubaste-me as cuecas e eu deslizei até ti, até à tua boca, na direcção do teu olhar, esse chamariz provocador. a voz falhou-me quando soltei o gemido. e vim-me assim. nunca tinha acontecido tanta intensidade em tão pouco tempo. o orgasmo, a força, a tesão... nem tempo tive de ganhar fôlego e já me tinhas virado a posição! afastaste a cadeira dali que só estorvava, deste à madeira da mesa o meu ventre a beijar enquanto enfiavas o teu menino em mim, ainda mais húmida, encharcada, ainda me vinha quando mudaste o rumo. penetraste-me assim - com a violência da tesão do teu corpo. e vieste-te. viemos os dois juntos. em simultâneo. de uma vez. repousaste nas minhas costas e sei lá como, mesmo ofegantes, caímos no sono.
quando acordei as contas da luz, do gaz, do condomínio bem podiam ter aumentado... aumentos daqueles não se comparam aos orgasmos dos melhores amantes. já o abrunhosa dissera num concerto que o país precisava era de se "amar!"

2 comentários:

linhaboémia disse...

uma delícia ..um Must :))

muito erotismo e muita sensualidade

muito bom.

M disse...

e no fim de contas, podemos concuir que o Abrunhosa é quem tem razão no meio disto tudo!