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Espreitadelas no buraco da fechadura

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

prazeres da vida

"que dia!" confessei em suspiro... trabalho e papeladas e pessoas... enfiei a chave na fechadura e abri a porta de casa. descalcei os saltos altos. e o que eu vi assim que entrei... foi das melhores vistas nos últimos tempos e o que quer que se tenha passado de chato e inconcebível e impensável foi subitamente esquecido. aquela imagem, sonho ou não, era bastante compensatória. o nosso apartamento tem um pormenor mal pensado de construção. a porta de entrada é paralela à da casa de banho. caso esteja aberta vê-se tudo quanto haja lá dentro. senti um cheiro de vapor quente quando entrei. o cheiro a um banho quente. demorado e quente. relaxante. quando ergui os olhos vi-te à minha frente de toalha na mão, secando os cabelos mollhados, encostado à ombreira da porta; a única luz era a do espelho, este, embaciado do vapor do duche, intenso até demais para quem não toma banho com a água sempre a correr sem as habituais preocupações de economia e ecologia. sorriste-me sem dizer palavra. sorri de volta e descalcei-me de uma vez. com aquela imagem distraí-me, a minha mente ficou vazia de todo o tipo de idéias práticas ou não. naquele momento só pensei em juntar-me a ti mesmo vestida que fosse. aproximaste-te de mim... assim: nu e molhado. e quente. e de pau feito. que terias tu andado a pensar?! a tua mão subiu o meu vestido e agarrou-me suavemente a coxa enquanto me beijavas o pescoço e me seguravas nos braços. cansada e excitada as pernas cederam logo ao primeiro toque. lá se vai o encanto da sedução!, pensei. mas não desististe. acho até que era assim que querias que se passasse. despiste-me peça a peça. não cedi. também quis ver até onde ia a tua dedicação e foi surpreendente ver a banheira cheia de água e sais. apagaste a luz. acendeste uma vela com o isqueiro que me roubas sempre para os teus cigarros. deliciada com a espuma deixaste-me a sós. mergulhei. vim ao de cima segundos depois. estranhei a demora mas não chamei por ti. encostei-me à banheira e apeteceu-me tocar-me. mimar-me um pouco e  não fui de demoras. festas aqui, festas ali... fui descendo vagarosamente para que  pedaço nenhum da minha pele ficasse esquecido. gosto das minhas coxas. depois das minhas mamas. mas gosto das minhas coxas. posso agarrá-las que ainda assim não as agarro de uma vez só. e percorro-as. massajo-as. e vou descendo até às virilhas. gosto de ter todo o tempo do mundo... e o ambiente era tão propício à idéia do mundo ter adormecido lá fora que me deixei levar. só eu sei como me tocar e deixei-me ir. deixei-me levar. eu própria levei-me. senti os teus dedos por perto e deixei-os ficar por ali. quando me senti a vir puxei a tua mão para perto dos meus lábios e sentisses a diferença de temperatura debaixo da espuma. nunca abri os olhos. adorei imaginar-te sempre assim, de pau feito. voltei a mergulhar e quando imergi tinhas contigo um flute na mão. "aos prazeres da vida". tchim-tchim.

4 comentários:

linhaboémia disse...

meu deus..eu imaginei-me nu nessa banheira a fazer « tchim-tchim

M disse...

tchim-tchim =D

Vitor Guerra disse...

"que dia!"

amèlie e juan disse...

dias destes são tão... intensos!...