Segredos

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Espreitadelas no buraco da fechadura

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

caprichos

amor... vem p'ra cama... vem comigo... vem fazer amor, digo-lhe em tom doce mal sabe ele... desfiz a cama, despi peça a peça e enfiei-me na cama com o meu brinquedo novo. fechei os olhos. brinquei com ele por baixo do meu capuchinho enrubescido. lambusei os meus dedos e fiz uma festa à minha... menina atrevida! desenhei um semi-circulo e recuei, fiz pressão e investi adiante.  quando entraste na cama já estava mais do que húmida começava a sentir aproximar-se um orgasmo daqueles quando tomaste na tua boca a minha mama tão a jeito. mais umas lambidelas e vim-me num orgasmo violentíssimo ecoado pelos meus gemidos e simultaneamente abafado pelos lençóis que me enlaçam o corpo. sem fôlego, suada, cor escarlate no corpo todo, em transe, nem dei pelos beijos dele no meu sexo excitado. recuperei. desci até à tua boca carnuda. tomei-te nos meus braços. beijei-te. e sabe-se lá como tive força quanto bastasse para ficar em cima de ti. um beijo n pescoço bem demorado... um beijo mais abaixo na tua auréola rosada e de bico espetado da tua mama envergonhada pelos cabelos do peito e uma dentadinha inocente (ou nem tanto!) uma lambidela contínua nas tuas costelas até zonas mais a sul... passo a minha mão direita levemente pelo teu escroto, arrepiando-te os poucos pêlos que te correm o corpo, porque a meu pedido, esse belo monte herculano é uma vasta terra lisa e suave como as praias da nossa zona. uma suavidade entranhante que não se esquece facilmente. beijei-te a glande tão ao de leve e soltaste um suspiro que me agradou imenso... desci um bocadinho mais, achei que te agraderia. a minha mão, tão marota, apertou-te os testículos e engoli o teu pau feito tão teso, tão grosso, tão doce esse líquido que te jorra aos poucos. quero mais! esfreguei com meiguice a bolsa que te esconde essas tuas bolinhas e com o dedo médio provoquei-te um arrepio na espinha ao deslizá-lo no teu anus uma vez e outra vez e outras mais que vieram. a minha mão, inquieta fazia movimentos de vai-vem com o teu pénis cada vez mais grosso no meu toque. peço-te que te ires de barriga para baixo e assim fazes, meu menino obediente... ficas de quatro, apoiado nos joelhos e, para começo, ficas também apoiado nas mãos, que depressa perderás a força, tenho a certeza. com a língua tomo-te o sabor agri-doce que o teu corpo tem, teimo em excitar-te com a ponta da minha língua a saltitar de um lado par o outro. tomo rumo a norte, por que para mim o norte é sempre em frente, desco até aos teus testículos, demoradamente ensopo-te da saliva que há na minha boca; esse calor do teu corpo excita-me tanto! se tu soubesses. vou buscar o brinquedo, sem que dês por ele. enquanto a minha outra mão sempre se manteve mais ou menos ocupada com esse falo tão... herculano, a outra, generosa com o lubrificante vai enfiando no teu cuzinho o brinquedo da menina. espero que gostes... sussurro-te enquanto solto um sopro morno nas tuas costas. e vieste-te!... que delícia de orgasmo, este teu... deitaste-te, sorriste para mim. e eu adorei! adorei que tivesses cedido aos meus caprichos!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

momentus

Azulejo Arte Nova da fábrica inglesa Minton Hollins & Co.
Finais do século XIX, inícios do século XX.

alguém me contemplava  do outro canto da sala, sentia que sim. mas frustava-me a incapacidade de corresponder. a coragem de ver quem seria. sentia um arrepio profundo na espinha sempre que a idéia me tomava de assalto o coração. pois cada vez que fechava os olhos sentia as tuas mãos nas minhas costelas, abraçando-me, contornando-me o ventre. enquanto a tua boca desvendava o meu pescoço... mas o beijo não era teu. era do meu namorado que me rondava fazia séculos, já a  minha mente vagueava à milénios. "vou à casa de banho". virei costas. e empurrei a porta. lindo aquele espaço. coberta de azulejos, a sua maioria  portugueses, as fainaças brancas do esmalte, o espelho barroco. muito eclética, pensei. entraste atrás de mim e tiraste da minha carteira o baton. vi-te a delinear os lábios numa tal perfeição quanto a do pasteleiro ao moldar o creme chantilly sobre a massa de pão-de-ló, tão sem graça. já tu... minha querida... podias chamar-te Graça que o nome te cairia que nem uma luva. a calça de ganga justa fazia jus às tuas nádegas e naquele meu interesse súbito tremi. desejei agarrar-te ali. puxar-te para mim e beijar-te esses lábios cor rubi. apalpar-te. sentir-te nos meus braços. do espelho viste-me corar e sorriste-me no reflexo. "olá!" e fui encostada à parede; os nossos seios roçaram-se entre si, senti o teu perfume de perto, e sustive a respiração. beijaste-me o pescoço, e depois acima da orelha, a maçã do rosto e a minha boca procurou a tua. pele suave aa tua... entreabri um pouco mais os meus lábios, nunca desviando o meu olhar do teu ou da tua boca. tocaram ao de leve. pousaste um beijo no canto e saíste porta fora. não voltei a ver-te...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

uma noite diferente

marcação às catorze horas. unhas arranjadas e pintadas. pronta para um delicioso banho. cheguei a casa, tomei o meu banho, sempre bem quente, de chuveiro. a água deslizava rapidamente na pele tão suave do gel duche, a pele depilada, delicada, branquela! é para ser uma noite especial. sou uma menina caprichosa e quero hoje qualquer coisa de diferente. tenho as pernas suaves como a seda, a cona desnuda, o rabo tão lisinho prontinho ao toque. as axilas cheirosas do creme. vesti o body novo, que é rendado a dois tons, o vermelho da paixão, a púrpura da provocação. é de fio dental, sem costas, em V como o meu ventre. uma flor aqui, outra ali. vesti as calças novas compradas por estes dias, uma camisa branca, os sapatos de salto alto. sombra. rimel. baton. blush. espuma no cabelo e um sopro do secador. o perfume bem no meio das mamas puxado ligeiramente ao pescoço. casaco e chave na ignição. cafésinho.
esta noite vou beijar-te. vou mimar-te.
chegámos a casa cedo. a noite está fria e eu não quero que seja o frio a ter o privilégio de arrepiar os meus mamilos tão delicados. ajudo-te a despir enquanto beijo a pele morena, os bícepes do trabalho árduo. desço à tua barriga. beijo o teu umbigo. e viro costas. balanço os meus quadris e liguei o rádio. dancei ao som de uma qualquer que tocava na altura e cantarolei.
despi as calças. soltei o cabelo. desabotoei parte da camisa. viste o body mas antes que ousasses tocar-lhe empurrei-te. caiste na cama deliciado com tamanha ousadia. sabes como sou. fixo o olhar em ti. no teu corpo. no teu sexo. no teu olhar. corto-te a respiração hã? e lanço-te um beijo provocador. outro botão, um último botão e a minha camisa escorrega demoradamente pelos meus ombros, brinca comigo na anca. cai no chão, junto aos meus pés. e para tua surpresa apanho o cabelo. vou balançando o meu corpo de um lado para o outro devagar, bem devagar. reparas no meu corpo... pequeno, branco, cheiroso... o perfume aromatiza o ar do quarto e a luz é fraca. em bicos de pés quase tão delicados quanto os bicos das minhas mamas que já se arrebitam aproximo-me de ti e puxo-te os boxers. ponho à mostra o volume que se adivinhava. estás teso. grosso. e molhado. abocanho-te a glande delicadamente e colo-te um beijo como um selo numa carta de amor. um beijo mais abaixo. outro beijo ao fundo do prepúcio e a minha boca quente agarra um dos teus tomates e depois outro como um jogo de pingue-pongue a que tu não resistes. as minhas mãos não param. nunca param! indecisas entre as minhas mamas e os teus tomates, há ainda o buraco anal a que eu não resisto em meter o dedo. o meu dedo lambusado na minha saliva a mimar-te o cuzinho enquanto a boca sobe e desce nesse teu falo cada vez mais enrubescido, mais grosso, mais teso. estás doido para me tomar nos braços. mas esta noite não. esta noite é para mim. dou meia volta. solto o cabelo, num movimento só, o solto. e salto-te em cima! roço-me em ti. devagar, ao sabor da música que toca na rádio. esfrego a minha cona no teu sexo tão gostoso... que prazer agora um orgasmo violento dos meus a deslizar no teu sexo suave e depilado e teso! mas não te dou esse gosto. deito-me ao teu lado na cama. e abro o body que por esta hora está mais do que molhado devido à zona onde se abre... e passeio os meus dedos pelos meus grandes e pequenos lábios, da minha zona erógena que me satisfaz de uma forma... orgásmica! toco-me. toco-me pelo meu prarzer e pelo teu de me veres assim... descomposta, descomprometida, entregue aos prazeres carnais. ousas beijar-me a mama mas não me tocas. segredas-me ao ouvido: "dá-me um orgasmo dos teus..." e lá me enfio a desvendar os mistérios do meu monte de vénus e deixo-me ir na enxurrada que brota do mais fundo que há de mim. grito de prazer. o meu corpo treme de prazer como se fosse assolado por choques elétricos. sabes que não resisto à tua boca quente de volta das minhas mamas. um e depois outro e de pois outro. sinto os teus dedos a puxar-me o body. mereces ser compensado, eu sei. não me esqueço de ti... deixo-te despir-me... completamente molhada... encharcada... sem forças...  nem resisto. deixo-me ir  ao teu belo prazer.  tirado o body, apalpas-me o corpo, lambes-me a cona, beijas-me a púbis. pressionas-me o clitóris. solto um gemido. quero-te dentro de mim e não és de meias medidas. viras-me e fico com o ventre colado ao lençol. inclino a minha anca. abro um pouco mais as minhas pernas. mostro-te o meu sexo em cor escarlate  e o meu cuzinho... tão desejoso de te receber. passas  a tua língua nele. os teus dentes mordem-me as nádegas. deixo sair um ai! e enfia-lo de uma vez! grosso, teso, impaciente. não te aguentas. vens-te dentro do meu cuzinho e eu volto a tocar-me. uma noite cheia dos prazeres da masturbação. volto a vir-me. e abafo os gritos do orgasmo na almofada. as minhas pernas cedem. e adormeço!

balada da neve

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez... a rapariga -
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma palavra dizia!
Era a timidez que a conduzia
nos rubores na face do carinho
nesse ninho de amor
quente de quem sente...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é vento,
alguém crente é de certeza!

Fui ver. A tua boca caía
no meu corpo arrepiado
do azul cinzento do meu olhar,
branca e leve, branca e fria...
a minha pele ao teu toque
tão delicado!

- Há quanto tempo eu desconhecia!
E que saudades, Deus meu!
É possível sentir saudades
do desconhecido?
Olho-a através da vidraça.
Embrulhada no linho.

Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
... esse caminho de prazer desconhecido.

Fico assim olhando esses sinais,
pasmada, 
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
essas gentes mal-amadas.

E os nossos corpos nus, pequeninos,
a manta deixa inda vê-los;
primeiro, bem delineados,
depois, em formas comprimidas,
porque não podia erguê-los!...
a eles, os orgasmos!?

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!...
Mas as crianças, Senhor,
Dai-lhes o amor nos passos
da descoberta sem fim!

Léo Azevedo 2006


Porque padecem assim?!...
a pensar mal do proibido
que é deveras bom?
Ergo a voz em fininho -
uma profunda sensação -
entra em mim, fica em mim presa...
 Cede ao meu pedido!!
que tens em ti o dom.


Cai neve na Natureza
- e cai no meu coração.
essa tesão suspensa
da paixão presa,
inocente,
imensa!





____________________
adaptação de Augusto Gil, Luar de Janeiro

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

olhares...

esse olhar que te lancei cheio de segundas e terceiras intenções, cheios de provocações, indecente, sem pudores e que tu não  ligaste nenhuma!  só eu sei o que quis dizer o meu olhar quando vi a tua boca tão perto da minha!... molhei os lábios... corei da pretensão... e tu seguiste o teu caminho todo senhor de ti mesmo. se me tivesses deixado conquistar-te não terias tanto a trabalho a conquistar-me de volta...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ela...





ela deixa-me com água na boca... sonho com ela na minha cama, com a boca dela nas minhas mamas, os orgasmos dela em calda fina e gulosa lambusando os meus lábios... e tomar-lhe o sabor demoradamente, com todo o tempo do mundo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quarto-escuro

"brincamos ao quarto escuro?"
"já não temos dez anos..."
"e daí? muito melhor agora!!"

sorriso atrevido, o teu, ao desligar o interruptor. os estores estavam apenas corridos deixando a mínima luz quebrar a escuridão total. ainda levei uns segundos até os meus olhos enxergarem as sombras na penumbra. embora soubesse muito bem o que provava o batom dos meus lábios eram os teus carnudos. sorri e sentiste as maçãs do meu rosto elevarem-se ao desabotoares o primeiro botão da minha camisa. "um botão... dois botões..." e paraste. tapaste os olhos e começaste a contagem: "um... dois... três..." corri a esconder-me atrás do cortinado de organza vermelho que pouco se distinguia e desabotoei o botão da calça de ganga justa como gostas que eu use por que me salienta bem as nádegas e a forma de mexer a anca quando vou na rua. via-te aproximar do armário e deixei escapar um risinho de piada, lançaste-me a mão e agarraste-me a mama de bom tamanho mimada pelo soutien push-up. soltaste um ah! de vitória e eu esgueirei-me sem te dar tempo para reagires. 
quando menos espero já me embrulhaste no cortinado e desabotoas-me outro botão da camisa. e outro e colas ao pescoço um beijo demorado que arrepia todos os poucos pêlos do meu corpo! soltaste-me e recomecei a contagem "um... dois... três..." fugiste. fui encontrar-te descaradamente à mão de semear em cima da cama e sem grandes cortesias tirei-te o cinto que pouco estava a fazer já que nem as calças segurava. subi para cima de ti. e balancei a minha anca sobre a tua, sentindo-te a crescer. levantei a t-shirt... desfilei a ponta da língua do teu umbigo até aos mamilos onde me demorei gulosamente. senti o teu volume a tocar no meu monte de vénus. despi-te a parte de cima e ficaste à mercê da minha vontade. e mordi-te, beijei-te, chupei-te, fiz com que soltasses um gemido. adoro ouvir-te gemer. como me excita! como me dá prazer! seres tu tão homem e gemeres nos meus braços desde um simples beijo no pescoço até ao demorado broche que adoro fazer-te. não me esqueço, nunca, daquela noite de verão, em que te fiz suar! mas és homem! impaciente de feitio viraste-me na cama. e recebi-te bem no meio das minhas virtudes! por que sabes... não há melhor forma de receber-te senão for assim... toda aberta... tão aberta... e tira-me as calças por favor! deixa-me senti-lo enquanto nos roçamos, nos provocamos... por favor!
és tão pouco obediente! fazes-me sofrer até à exaustão! agarras-me nos dois braços com força e beijas-me o pescoço! chupa-lo com tal vigor e sede que mo deixas marcado de certeza! "não faz mal! é o quarto-escuro! nunca se vê nada!!" atrevido o menino hã?! e como sou fraca! que gemo logo ao primeiro toque, como me sinto quente ao ponto de me querer despir, que me tires as calças, o soutien, desvies a cuequinha para o lado e me fodas assim de uma vez por que, sabes, sou impaciente e insatisfeita, quero sempre tudo e mais que haja!! um beijo aqui, um beijo ali; uma mamada e  ficas de joelhos. eu subo até ti, passo as minhas mãos no teu tronco e mordo-te as costelas. desabotoas as calças e sem que dê conta fazes-me cair ao puxar as minhas pelos pés. solto uma gargalhada. e pões-te nu para mim. desabotou os botões restantes da minha camisa e deixo-a deslizar no meu ombro que abocanhas... a cama, já do avesso, promete versos e rimas aos gemidos e aos fôlegos que um bom vai-vem produz. deito-me na cama a admirar-te os gestos na luz difusa que se esgueira; vejo-te de pau feito com a glande luzidia... e toco-me... os meus bicos erupcionam firmes e as minhas rosetas mais serão escarlate que a cor da minha cona quente e húmida, que eu sei! - tu queres lamber e mordiscar! e eu quero sentir a tua língua toda em torno da minha vulva! vem esconder a pontinha dela no meu capuchinho! mas tu fazes melhor: pões-te a jeito de forma a que eu veja o que fazes à luz. e tu tocas-te... como é delicoso perceber que perdes a força das tuas pernas ao bateres a tua punheta à minha frente comigo tão disposta a receber-te!... de boca aberta, de pernas abertas... as minhas unhas, tão bonitas e delicadas da manicure, arranham-te as nádegas e aproximo-me de ti rebolando, rebolando até ficar de ventre contra a colcha descomposta para que vejas o escarlate da minha cona e o meu cuzinho mimados pelos meus dedos e a fisga do fio dental púrpura... "consegues ver?... como estou molhada... excitada... como está inchado o meu clitóris de tesão? e o meu cuzinho? gostas? assim... bem à mostra para ti?" ... "não! mas consigo tocar-te!" e nisto apalpaste-me a vulva e o monte de vénus inteirinho enquanto enfiaste dois dedos dentro da vagina fazendo-me gemer tal a ânsia! e tocou-me! a glande a entrar-me no cuzinho, bem molhadinha dessa primeira erecção de desejo, com todo o prepúcioo bem recuado e bem devagar para que todos os meus gemidos que quisesses soltos todos fossem de prazer e nunca de dor... a chapada de mão bem aberta, essa mão de homem feito estalou com tal força na nádega que a excitação do momento engoliu-o de uma vez! o meu sexo ainda mais desperto daquela ociosidade sexual verteu os seus líquidos e não deu para aguentar. fui dançando ao sabor daquela foda do som da tua anca contra a minha e as molas do colçhão que me amparavam as investidas. as tuas mãos percorreram-me as mamas enquanto eu me tocava e me tocava e gemia e... não aguentámos mais. acelarámos o ritmo e vim-me e vieste-te. um orgasmo em conjunto. os corpos denunciados pela luz pobre que surgia dos buracos dos estores do quarto estavam ofegantes e suados quentes e esgotados da queca dada a brincar ao quarto-escuro!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

orgasmos

saímos da estrada  e enfiámos o carro num recanto escondido pelas caniças que denunciavam o mar e a brisa que as embalavam perfumava o ar de maresia. passámos ao banco detrás. sem o travão de mão a chatear nem a manete das mudanças a estorvar podia ir para o teu colo facilmente ou, se assim preferisse, deixar-me ficar debaixo de ti para te sentir de outra forma. senti-lo a crescer vigorosamente e ficar, como dizes, "com muita falta de espaço." temos de resolver isso. gosto tremendamente de te apertar ainda sem o fecho corrido. só depois puxo as calças. o coração bate sempre descompassado tanto pelo flagrante quanto a tesão que fervilha em mim. é sempre tão excitante o toque das minhas mãos geladas no teu sexo quente e teso. faz-te soltar um suspiro e eu rio-me da partida. "toca-te para mim", pediste. toquei. beijei-te a boca e convidei-te a brincar comigo. gostas de brincar, tu, mas ficaste a ver. brincaste contigo sozinho à minha frente. parecíamos dois garotinhos a brincar aos papás. fechei os olhos e escorreguei no banco. aqueles movimentos circulares ao de leve no clitóris era do melhor que podia haver naquele momento.
senti a minha mama ser abocanhada ao de leve e como quente é a tua boca. só a queria sentir mais abaixo onde estou cada vez mais húmida e sinto-me a arder, desejosa de ser penetrada de uma vez. tenho uma fome insaciável e ali, de qualquer maneira, era o que eu mais queria era que me domasses, me batesses com força nas nádegas e só eu fosse a tua puta! te viesses dentro de mim sem dó nem piedade e me fizesses gritar outra vez. por que os meus orgasmos nunca são discretos. sou um animal cheio de desejo, esfomeado, esganado, vazio de pudores. mas não. tu não fazes nada a não ser mamar na minha mama tesa do prazer, sentindo no nariz o bate-bate do meu coração. quando páras beijas-me a outra ou sobes até ao pescoço, à minha orelha e morde-la. e os meus gemidos que são cada vez mais prolongados são também mais sôfregos por que sinto o teu sexo duro junto das minhas virilhas e não o posso enfiar de uma vez. os corpos estão suados, o calor do verão não perdoa e a tensão sobe. a brisa treme lá fora. mas dentro do carro, apostava, que o termómetro estalou. o verniz das minhas unhas estalou! já não quero saber do teu corpo. quero-me vir ali mesmo, assim mesmo, meia de lado com um joelho contra as costas do banco do pendura e a outra perna deitada junto ao estofo. vês o meu sexo. mostro-to rosadinho como o meu cuzinho a quem fazes uma festa deliciosa com o dedo anelar e é o ponto alto do meu orgasmo. solto um grito de prazer e acelero os meus movimentos, aperto o meu clitóris e vou ao êxtase com tanto prazer. mas não paro. atrás deste vem outro e aquela sensação de estar encharcada provoca-me. excita-me. quero mais. continuo a pressionar e cada vez mais escorro por mim abaixo. a tua boca veio beber do meu leite e eu não consigo deixar de me encolher ao toque da tua língua macia nas minhas virilhas, nos grandes e pequenos lábios, quando me puxas o clitóris com os teus lábios gulosamenbte lambusados é absolutamente divinal! e não controlo mais a minha voz. soltam-se gritos de prazer carnal. a tua perna roça em mim e os orgasmos múltiplos são demais! ao fim de uma eternidade perco a força das minhas pernas, todo o meu corpo é percorrido por um arrepio forte e vens-te agora para mim! as minhas mamas recebem o teu sémen como a água benta benze as óstias. que calor!! cais sobre mim. sussurras-me ao ouvido."és uma mulher linda a vir-te!"

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

malas de executivos...

"está na mala." a mala estava no gabinete de estética. as paredes estão estucadas e branqueadas, o chão é de madeira e escuro, iluminação a lâmpadas florescentes. a marquesa é recente. abri o fecho da bolsa pequena da mala preta do portátil. encontrei o pacote de pastilhas, que tanto precisava naquela momento, o bloco de notas, a agenda, canetas, uma renda branca. sorri. ai o malandro! uma bela renda branca, dobrada em flor como as flores brancas da renda da tanga de menina que veste um 36. "desculpa. esqueci-me delas. destas coisas indecentes" sorri-lhe, cúmplice do acto como assitência que assiste calada e aplaude em grande ode. ele anda sempre com a máquina fotográfica atrás e eu sei que as paisagens admiradas não são as dos campos alentejanos nem as das travessas lisboetas. eu sei dos painéis de luz, das telas, da maquilhagem, das poses, das vestes e das despes que é o que interessa. consigo imaginar aquele estúdio com os holofotes ligados em walts altos, cabides, sapatos de salto alto espalhados pelo chão, cachecóis, echárpes de penas, tons vários. ao fundo uma cabine improvisada atafulhada de pincéis e blush e sombras, rimel e frascos de perfume das melhores marcas do mercado. as fantasias... ah as fantasias que provocam umas cuecas de renda brancas, perdidas numa mala de executivo... "do que falas?"; "não viste?!"; "eu não! ... ah o quê? as cuecas? isso é indecente?" ele corou.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

prazeres da vida

"que dia!" confessei em suspiro... trabalho e papeladas e pessoas... enfiei a chave na fechadura e abri a porta de casa. descalcei os saltos altos. e o que eu vi assim que entrei... foi das melhores vistas nos últimos tempos e o que quer que se tenha passado de chato e inconcebível e impensável foi subitamente esquecido. aquela imagem, sonho ou não, era bastante compensatória. o nosso apartamento tem um pormenor mal pensado de construção. a porta de entrada é paralela à da casa de banho. caso esteja aberta vê-se tudo quanto haja lá dentro. senti um cheiro de vapor quente quando entrei. o cheiro a um banho quente. demorado e quente. relaxante. quando ergui os olhos vi-te à minha frente de toalha na mão, secando os cabelos mollhados, encostado à ombreira da porta; a única luz era a do espelho, este, embaciado do vapor do duche, intenso até demais para quem não toma banho com a água sempre a correr sem as habituais preocupações de economia e ecologia. sorriste-me sem dizer palavra. sorri de volta e descalcei-me de uma vez. com aquela imagem distraí-me, a minha mente ficou vazia de todo o tipo de idéias práticas ou não. naquele momento só pensei em juntar-me a ti mesmo vestida que fosse. aproximaste-te de mim... assim: nu e molhado. e quente. e de pau feito. que terias tu andado a pensar?! a tua mão subiu o meu vestido e agarrou-me suavemente a coxa enquanto me beijavas o pescoço e me seguravas nos braços. cansada e excitada as pernas cederam logo ao primeiro toque. lá se vai o encanto da sedução!, pensei. mas não desististe. acho até que era assim que querias que se passasse. despiste-me peça a peça. não cedi. também quis ver até onde ia a tua dedicação e foi surpreendente ver a banheira cheia de água e sais. apagaste a luz. acendeste uma vela com o isqueiro que me roubas sempre para os teus cigarros. deliciada com a espuma deixaste-me a sós. mergulhei. vim ao de cima segundos depois. estranhei a demora mas não chamei por ti. encostei-me à banheira e apeteceu-me tocar-me. mimar-me um pouco e  não fui de demoras. festas aqui, festas ali... fui descendo vagarosamente para que  pedaço nenhum da minha pele ficasse esquecido. gosto das minhas coxas. depois das minhas mamas. mas gosto das minhas coxas. posso agarrá-las que ainda assim não as agarro de uma vez só. e percorro-as. massajo-as. e vou descendo até às virilhas. gosto de ter todo o tempo do mundo... e o ambiente era tão propício à idéia do mundo ter adormecido lá fora que me deixei levar. só eu sei como me tocar e deixei-me ir. deixei-me levar. eu própria levei-me. senti os teus dedos por perto e deixei-os ficar por ali. quando me senti a vir puxei a tua mão para perto dos meus lábios e sentisses a diferença de temperatura debaixo da espuma. nunca abri os olhos. adorei imaginar-te sempre assim, de pau feito. voltei a mergulhar e quando imergi tinhas contigo um flute na mão. "aos prazeres da vida". tchim-tchim.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

tremores

chiuuuu...
sussurro-te ao ouvido, baixinho: "toca-me aqui..." em tom de pedido, de carência, de desejo e pego na tua mão. faço-a deslizar desde a pele arrepiada do meu pescoço da tua respiração - sempre tão quente - quase parando nos meus seios cheios, percorrendo-me o ventre e descansando no meu monte de vénus. sinto-te a sorrir. gostaste do desafio. mas não correspondes. gosto destes jogos! quando sabes o que quero e o quanto quero e nada fazes. excita-me tamanha audácia da tua parte! beijo-te a orelha, mordo-te o lóbulo num gesto de súplica e promessa. nada. silêncio absoluto. "fica de barriga para baixo para que eu te veja melhor". virei-me. fiquei a descoberto por que o meu corpo quando rodou deslizou o lençol de seda. desenhaste-me o corpo num traço só com o dedo médio e arrepiei-me. não consegui disfarçar mas escondi o sorriso. e beijaste-me a nuca. as tuas mãos acompanhavam nas curvas da travessia da tua boca até achares conveniente uma pausa decente.  a luz tremelicara. pusera velas, esta noite. mais belas que as velas só as curvas das mulheres nuas. senti levitar. senti que a minha anca levitava para que a tua boca visse a roseta envergonhada do meu corpo. pronta a ser descoberta e admirada. a tua respiração voltou a despertar da minha ociosidade momentânea. a tua língua foi atrevida. senti-a escorregar entre as minhas nádegas. e abri-me suavemente. pu-la a jeito de te receber, de receber tudo a que tenho direito. e não foste de demoras. puxaste-me para ti numa brusquidão tal que o teu desejo parecia ainda mais sôfrego que o meu! e foi um prazer inesquecível. as tuas mãos firmes nas minhas coxas e a tua língua à volta das minhas virilhas, dos meus lábios inferiores, do meu cuzinho, essa flor desabrochada. desavergonhada! foi o que me chamaste em bom som quando me possuíste assim por trás, sem que tivesse tempo já os gemidos se descolavam vindo de tão fundo de mim que pareciam mudos.
"a terra tremeu esta madrugada na escala de 7.4 de richter..." noticiava a repórter, ingénua da razão, no jornal das sete da manhã. se ela soubesse... a bela foda desta noite... até o mundo dela tremia!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

banhos de espuma em banheiras vitorianas

bolas de sabão...
... palpitantes no ar, leves, reluzentes.
banhos de espuma...
... uma banheira vitoriana, a mais bela que alguma vez se vira algures pelo mundo, banhada a esmalte por baixo do ferro fundido donde só se vêm os pés torneados, elaborados com motivos diversos; de linhas suaves. o toalhão, ali, belamente dobrado, bordado e ali... pacientemente à espera de envolver aquele corpo molhado e coberto de espuma. no meio de um salão enorme, o piso, forrado a tijoleira preta tem tapeçarias vindas do médio oriente - cultura de sexo e prazer, de cantorias e fumaças -, de janelões cuja altura beija o tecto, de vitrais embaciados, um ar sonolento aromatizado da sauna, esse vapor que some no ar...
lábios vermelhos, grossos, cor de cereja tenra, suculenta, suspensa num creme cor de marfim como o chantilly na tua pele morena, no meio do vapor que descola da banheira -
sempre sentira uma adoração extasiante por montes de espuma cintilantes deslizando no corpo molhado de mulher. cheiro adocicado, ar quente. e a pele arrepiada do choque térmico da água, acima e debaixo. as pontas do cabelo molhadas, as maçãs do rosto rosadas, escarlate a cor dos lábios. as mãos finas, de pianista, diriam os entendidos, branquelas, delicadas, suaves como a seda, cheirosas a flor de algodão dessa espuma que atrevida que desliza no corpo nu, pára a descansar da travessia nas mamas, peitinhos de rola, diriam os romancistas românticos! balelas! são seios de mulher, corpinho de menina, coxas arredondadas, ventre humm... gostavas de conhecer o ventre não era? toc-toc.

sim?

houve uma troca de olhares no entreabrir da porta e das pernas que emergeram da espuma, mostrando caminho livre; houve uma troca de olhares, e sorrisos cúmplices, a chave dourada rodou atrás de si.
ele aproximou-se, seguro de si e pegou na toalha, dobrou-a, sentou-se no banco com a toalha no colo. a senhora virou o rosto desdenhando, e depois as costas e ele apoderou-se do seu corpo franzino. deslizou-lhe a mão na lombar, apertou a esponja deixando que um rio de espuma formasse caminho. um dedo acompanhou a travessia e a mão mergulhou na água tépida. tocou-lhe no ânus com a delicadeza que se toca num botão de rosa e abocanhou-lhe o caracol que escapara do arranjo do cabelo que a aia arranjara. soltou um gemido. a mão máscula contornou-lhe a anca e apoderou-se do seu sexo, sentia-o rijo, quente a mais para a temperatura da água e ela agarrou-se à beira da banheira molhada e suada. a água transbordou. a outra mão, ainda seca apesar da humidade do salão acariciara já o belo pescoço da mulher e agora mimava-lhe os bicos das mamas espetados, rijos da tesao que lhe corria na pele. ela não resistia. sabia-lhe bem ser tomada à força mas aqueles momentos inesperados davam-lhe a volta à cabeça. aos poucos pusera-se de joelhos, mostrava o cuzinho e a cona que nem duas flores enrubescidas do toque precipitado do bico do beija-flor... o que ela queria naquele momento era fazer-lhe um bico, quebrar-lhe as forças das pernas, e ele estava tão a jeito, pensara mas... e por que há sempre um mas, a senhora queria uma foda rápida e por trás com as mãos dele bem firmes nas suas ancas, perto do sexo dela para qualquer eventual orgasmo repentino. ela rodou na banheira vitoriana, a água transbordou e despiu-o num ápice agarrando na arma de sua excelência. ela não foi de cortesias, para isso existiam os bobos à hora das ceias. a foda deu-se com força, sem etiqueta, à la garder. a senhora foi lavada depois. e ele fez questão de tomá-la nos seus braços enrolada no turco vindo do médio oriente - cultura de sexo e prazer, de cantorias e fumaças. adormeceu, a senhora no divan. o senhor fora  à caça.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

jean pierre...

na janela entreaberta, pelas cortinas que se espreguiçam, a senhora Billie Holliday, a dançar nos meus ouvidos,
o livro aberto nas minhas mãos do Vargas, o céu cumplice comigo e ao mesmo tempo « o que estarás a pensar? a fazer? » e falo contigo nesta exclente tarde...

só falta uma gaivota num telhado e o gato no beiral com a língua de fora a provar da àgua fluvial; o gato preto da srª joaquina, a ver as meninas a bailar as ancas salientes dos corpetes e dos saiotes nas ruas dos pecados modernos, as artes, como lhe chamam agora. no tempo da srª joaquina não era nada assim. os véus tapavam a cara mas não o resto, ela própria confessava aos seus botões e o que havera feito Senhor! à beira daquele rio de amores, aquela praça de música e teatro e encanto! hum!! dizia ela levantando-se vagarosamente, cansada dos anos que se acumularam no corpo. as meninas cantam... o gato descera e enrolara-se nos seus pés envelhecidos e unhas besuntadas de verniz escarlate.

e a chuva começou a cair, os sons dos cadeirões que uma mão afasta, a meia lua do teu sorriso que me ilumina, que faço eu? que escrevo eu que apenas me apetece dançar à chuva e sorrir cantando. a cantar o teu nome pelo teu deserto, ver te com os cabelos molhados enquanto te seguras num poste de rua, uma voltinha, duas voltinhas,

....hum...que tarde.

e deixar-me afundar na tua areia movediça tão apetecível!

e as meninas vão descendo a calçada, sorrindo aos pintores promissores, os filhos de monet, de manet, degas, renoir, os atrevidos de picasso... ai a arte, a arte, a arte no corpo das meninas!... pensava o garçon, o mais impulsivo do grupo, jovem, com o sangue na guelra...
agarrou no cavalete, passou por elas a correr de cavelete abaixo do braço direito e a mão esquerda a segurar a boina e os pincéis e a tábua borrada de todas as cores quanto há no arco-íris! veio alojar-se mais abaixo, no edén das meninas atrevidas mas inocentes, florescendo duas rosetas encarnadas na face miudinha.
as coxas das mademoiselles, tão branquelas, tão redondas, tão apetitosas quanto as coxinhas de frango que a mamá preparava a jean pierre à ceia. "jean pierre vien manger!" gritava-lhe, ela, ao fundo da rua. e a sua grande incerteza - as coxas das mademoiselles ou as da mamá?! o pincel, erecto na sua mão de artista francês, tremia de vigor a querer esborratar aquela tela branca, já assim à semanas, sedenta de prazer, do deslize dos pêlos de marta que preparara pelos seus próprios dedos encardidos da tinta d'óleo, e a tela ali e as meninas passaram. a mamá fechara a porta e na rua subia um misto de odores magnifíques! oh! mon dieu! o cheirinho das coxinhas da mamá e o perfume da madame envolta nas suas peles de coelho selvagem... ah que selvagem deve ser aquela mulher por baixo do pó de arroz e do channel. oh mon dieu!...

quero cantar o teu nome , pelas praças desertas, pelas ruas apertadas como o retrato que me aperta e me embarga a memória. esta casa não é nada sem ti; sinto falta do teu perfume, sinto a falta das tuas gargalhadas, sinto a falta , quando me dizes « daqui a pouco»

"bonsoir jean pierre. avez-vous occupé?"
"madamme?!"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

contas para pagar

contas, contas, só contas para pagar... se ao menos fossem contas do fundo do mar a encantarem-me a beleza... suspirei! e o bafo levantou as pontas finas da franja.
"a franja fica-te bem." desviaste algumas mechas de cabelo no meu pescoço e colaste um sêlo. senti aquele ar quente da tua boca e senti-me húmida, de repente. os poucos pêlos do braço eriçaram-se e sorri, corada, fazendo de conta que nada daquilo era comigo. o encosto da cadeira pinho mel punha-se entre nós e isso dava-me alguma vantagem de ignorar o teu assédio, de te provocar, de te atiçar. um beijo no pescoço, outro mais abaixo, de volta, subiste até ao queixo, contornaste-me a curva e paraste na meia-circunferência abaixo do meu lábio inferior já meio aberto. pegaste-me no pulso direito. aprecias a delicadeza do meu pulso... branco, fino, delicado, coberto numa suavidade daquele creme que não dispenso. puxaste-me de rompante que me fez contornar a cadeira de madeira. e sem demoras o meu corpo deu um encontrão no teu, e os bicos das minhas mamas saltaram da blusa. essa tua mão esquerda, tão atrevida, deslizou-me nas costas, apalpou-me e de uma vez só os papéis voaram da mesa. subiste-me uma ponta da saia e içaste-me no ar, sentaste-me na mesa com a sede de um predador e a mesa deu de si. as minhas pernas também cederiam se mais cinco minutos me apertasses contra ti a sentir-te cada vez mais grosso, mais palpitante... beijaste-me a boca e nela fiquei com o desejo que ferve no teu corpo. agarrei-te. puxei-te para mim. e quis enfiar a minha mão pequena, delicada, de mulher, nos teus boxers. não autorizaste. ajoelhaste-te no chão da cozinha, que ainda não tem tapete, roubaste-me as cuecas e eu deslizei até ti, até à tua boca, na direcção do teu olhar, esse chamariz provocador. a voz falhou-me quando soltei o gemido. e vim-me assim. nunca tinha acontecido tanta intensidade em tão pouco tempo. o orgasmo, a força, a tesão... nem tempo tive de ganhar fôlego e já me tinhas virado a posição! afastaste a cadeira dali que só estorvava, deste à madeira da mesa o meu ventre a beijar enquanto enfiavas o teu menino em mim, ainda mais húmida, encharcada, ainda me vinha quando mudaste o rumo. penetraste-me assim - com a violência da tesão do teu corpo. e vieste-te. viemos os dois juntos. em simultâneo. de uma vez. repousaste nas minhas costas e sei lá como, mesmo ofegantes, caímos no sono.
quando acordei as contas da luz, do gaz, do condomínio bem podiam ter aumentado... aumentos daqueles não se comparam aos orgasmos dos melhores amantes. já o abrunhosa dissera num concerto que o país precisava era de se "amar!"

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

rapidinha

nova mensagem de texto. suspirei. "a que horas sais?" respondo... não respondo... "por este andar à meia-noite 'tou despachada." o último hóspede entrou. "good night. i'll see  you tomorrow on breakfeast." e eles, em inglês com sotaque alemão, "thanks!" simpático este grupo, pensei. levei a mãe do patrão a deitar-se. atrás de mim fui ajeitando as tapeçarias desalinhadas da bengala e minimizando o ranger do soalho do corredor, apaguei as luzes; desci as escadarias de pedra mármore a correr e tranquei as portas e as portadas brancas, dei uma última olhadela. cheguei finalmente à cozinha caiada de branco, antiga, velha, decadente, a típica cozinha de séculos de história. troquei de roupa ali mesmo. despi a camisa branca, ajeitei o soutien cai-cai preto e pus o top de alças caqui; despi as calças pretas, justas, de tecido clássico, e a saia de algodão comprida até aos pés beijou-me as pernas depiladas e suaves do creme. atrás de mim a porta da cozinha, de madeira grossa, verde, gasta do tempo, fechou-se atrás de mim. combinámos o encontro frente à igreja... cheguei primeiro... ele chegou. beijo-o?! não beijo... beijo... soltei o cabelo e sorri-lhe. o carro dele parou ao lado do meu e eu saí. agarrou-me e senti o seu peito contra os meus seios. foi um verdadeiro linguado à moda antiga! as mãos dele percorreram as minhas costas e apertaram-me as ancas, a boca ainda me beijou o pescoço e saímos dali. perdi as forças nas pernas, o coração disparado, a boca sedenta de mais. a barragem ecoou os meus desejos de entrega mas não permiti. aticei o teu desejo. toquei-te. beijei-te o falo e mimei-te os tomates. pelos gemidos que te escaparam, pelas formas do teu corpo todo, à muito que desejavas tocar-me e à muito que não eras tocado com paixão. interrompi-te. tomei posse da situação. com a boca bem molhada lambi-te, beijei-te, molhei-te. e não aguentaste muito mais tempo ao fellatio que eu te proporcionei e o toque a seda do meu corpo. e vieste-te para mim, nas minhas saias brancas.
em momentos menos propícios...


... a vontade é quem mais manda!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

voltinhas no carrocel

esta época de festas, brindes e luzes é uma época excepcional ao sexo, à libido, à desinibição. uma gota de alcoól ali, outra da tua saliva aqui... a tua erecção a surgir, os meus bicos a insinuarem-se debaixo da blusa esquecida do soutien francês. aquele que comprámos naquela magnífica viagem que fizemos no fundo dos lençóis de seda na cama redonda do motel barato que satisfez as nossas necessidades mais básicas e animalescas, as de qualquer ser humano, o sexo, o cheiro, o sabor, os gemidos finos, inaudíveis, penetráveis nos poros arrepiados da pele macia que teu sexo. os meus lábios entreabrem-se para beber desse cálice banhado a ouro, banhado nas bordas do líquido mais doce,que há nos quintos dos infernos, esse ardor que me queima as entranhas da minha cona encharcada dos orgasmos que ainda insistes em me tirar do corpo teso, excitado, rijo. de mão aberta, essa mão grossa de homem feito, que sabe dar o que eu quero, que sabe tirar o que eu bem guardo; fodes até à exaustão de ambos.
na respiração ofegante de ambos, esvoaçam os fios finos de cabelo, compridos, soltos, os poucos que não estão colados aos meu corpo do suor dessa foda abençoada. sussurro-te mais uma volta. e tu olhas para mim. sempre soubeste, os teus olhos não enganam, disseste, tu és uma leoa por dentro; sacia-me a fome, meu amante. deixa-me sentir o poder do teu orgulho, mergulho no teu ser e chupo-te até à alma. gemes como nunca antes havias gemido e já és tu um homem feito, experiente, de pau feito quando te toco ao de leve com o dedo indicador, beijando a unha no roçar dos pêlos pretos das tuas virilhas. mais uma volta no carrocel?